Terceirização de Serviços é Sinônimo de Oportunidade e Formalização

A posição contrária à terceirização de serviços dos Sindicatos dos Trabalhadores, notadamente aqueles representativos dos setores públicos e dos bancários, é perfeitamente compreensível, pois a cada dia perdem mais espaço e , consequentemente, liderança. Sem dúvida a evolução tecnológica e, principalmente, da informação, contribuíram para que milhares de postos de trabalho fossem reciclados, notadamente no setor bancário, onde mais se aprimorou essas ferramentas, consideradas hoje uma das melhores do mundo. A famosa TI, além de transformar cerca de 70% das atividades normais nas empresas em verdadeiras linhas de montagens, segundo o guru da administração moderna Peter Drucker, também globalizou o trabalho. Muitas atividades hoje são desenvolvidas em tempo real em vários países, principalmente na Índia e na China, o que tem contribuído para o fechamento de postos de trabalho em muitos países.

As críticas à terceirização de serviços, que na grande maioria das vezes vem desacompanhada de qualquer fundamento técnico, mas que têm grande impacto na mídia, têm levado o Brasil a perder milhares de postos de trabalho, conforme demonstrou um recente estudo elaborado pelo prof. Marcio Pochmann da Unicamp, atual presidente do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

Nesse cenário, com um pouquinho de boa vontade, percebe-se facilmente que a terceirização de serviços tem contribuído para a abertura e preservação do já escasso e desacreditado emprego formal, que representa hoje segundo o IBGE, apenas 35% da PEA – População Economicamente Ativa, pois por pior que seja, como acreditam alguns, está empregando milhares de jovens, principalmente no seu primeiro emprego, exatamente por dominar com facilidade o computador, e parte dos trabalhadores que estão sendo descartados pela indústria.

Os serviços públicos sim estão precarizados, na medida em que os “dominus” funcionários públicos concursados, com emprego e aposentadoria garantidos, tratam muito mal os cidadãos, quando tratam! Demonstrando tédio como se estivessem fazendo um grande favor para aquele que é o único motivo do seu emprego, e, ainda, contribui para o pagamento do seu salário e da sua privilegiada aposentadoria. Pode ter certeza que o mínimo de atenção que ainda se tem nos serviços públicos vem de um humilde trabalhador terceirizado. Logicamente que há exceções, mas, infelizmente, estes são consumidos pelo forte processo antropofagista.

Por tudo isso é que a terceirização de serviços não pode ser a vilã da precarização do emprego, pois os trabalhadores, em sua grande maioria humildes, são contratados formalmente, num mercado onde 60% dos trabalhadores estão na informalidade, recebem salário de mercado, no mínimo o piso da categoria, mais do que ganha 80% da população brasileira, além de todos os benefícios assegurados na Convenção Coletiva de Trabalho, tais como vale-transporte, auxílio-alimentação, seguro de vida, etc.

Agora, se compararmos a remuneração, os benefícios e o valor da aposentadoria dos funcionários públicos com o que ganham os trabalhadores da iniciativa privada, realmente podemos afirmar que aqueles são muitos privilegiados.

0 comentários:

Postar um comentário