POLÍTICAS PÚBLICAS, NÃO RECONHECEM A IMPORTÂNCIA DO SETOR DE SERVIÇOS


O conceito de que o segmento de serviços vive a reboque dos outros setores da economia, já está, ha muito, ultrapassado. A evolução tecnológica principalmente a TI – Tecnologia da Informação mudou radicalmente esta máxima. O setor de serviços que representa cerca de 60% do PIB – Produto Interno Bruto – já fomenta muitos setores da industria de transformação. A diferença entre uma indústria antiga e defasada e uma indústria moderna é simplesmente o nível de progresso tecnológico.  Hoje quase que a totalidade das empresas, não consegueriam sobreviver sem os sofisticados softwares, que, por sua vez, se aperferçoam a cada minuto. As fábricas de computadores, de eletroeletrônicos e de telecomunicações, para citar três exemplos mais evidentes, sobrevivem da criatividade e das inovações geradas pelo setor de serviços.

O Brasil, já está entre os maiores produtores de software do mundo, competindo diretamente com a Índia. O setor de serviços contribuiu com 72% do espetacular crescimento do PIB em 2010 que alcançou 7,5%, um recorde desde 1986.  68% dos trabalhadores no segmento estão com sua carteira assinada, superando a indústria de transformação, que, ainda, é considerada a atividade que mais formaliza no Brasil. Existem no país, segundo dados do IBGE/2008, excluindo o Poder Público e o comércio, 1.688.931 empresas que empregam 12.866.324 trabalhadores. Só os serviços terceirizados, aquele que tem como predominância a mão-de-obra, o patinho feio do setor de serviços, já emprega, formalmente, no Brasil cerca de 8,5 milhões de trabalhadores. 

Desta forma, não se pode entender como não temos, sequer, uma Secretária que possa estudar e desenvolver politicas exclusivas para este setor, uma prova de que estamos anos luz atrás dos países desenvolvidos, e até dos emergentes; imaginem pensar no “ócio produtivo” que prega o sociólogo italiano Domenico de Masi.

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