Comissão de Trabalho debate direito de acesso da Fifa a Lei do Trabalho Voluntário, que é para entidades sem fins lucrativos



Audiência pública debateu na Comissão de Trabalho da Câmara se a Fifa se encaixa na Lei do Trabalho Voluntário, prevista para empresas sem fins lucrativos. A federação de futebol movimenta milhões de dólares e pretende reunir mais de 18 mil voluntários durante a Copa de 2014.

Créditos/Câmara Hoje:
Weber Magalhães - Rep. da CBF no Comitê Organizador da Copa
Carolina Nogueira - Repórter
Ermínio Alves Lima Neto - Fed. Nac. das Empresas de Serv. de Limpeza
Dep. Laércio Oliveira (PR-SE)
Joel Fernando Benin - Representante do Min. do Esporte
Vera Lúcia Ribeiro de Albuquerque - Inspeção do Trabalho - Min. do Trabalho

Fonte: TV Câmara

Representantes dos trabalhadores reclamam de trabalho voluntário na Copa de 2014

A Fifa ofereceu 18 mil vagas, mas nenhum benefício será dado. De acordo com Ermínio Alves, da Federação Nacional das Empresas de Serviço, isso é ilegal.

Ouça a reportagem na íntegra aqui.

Fonte: CBN

Fifa não deve ter o direito de recrutar voluntários, diz debatedor


O assessor parlamentar e representante da Federação Nacional das Empresas de Serviços e Limpeza Ambiental, Erminio Alves Lima Neto, questionou há pouco o entendimento do Ministério do Trabalho de que considera legal a Federação Internacional de Futebol (Fifa) recrutar voluntários para atuar na Copa do Mundo de 2014. “Se esse é o entendimento, temos de mudar o conceito de trabalho voluntário no Brasil. Não conseguimos entender como a Fifa teria esse direito”, sustentou.

Lima Neto afirmou que a Lei do Serviço Voluntário (9.608/98) prevê que atividade deve ser exercida em entidades não lucrativas, o que não é o caso da Fifa. Segundo ele, só na Copa do Mundo na África do Sul, em 2010, a entidade máxima do futebol teria distribuído 700 milhões de dólares de lucro para os clubes.

O representante do Sindicato dos Empregados nas Empresas Prestadoras de Serviços e de Trabalho Temporário no Estado de São Paulo (Sindeepres), Amâncio Luís Coelho Barker, disse que pode até ser legal, mas o voluntariado de 18 mil pessoas na Copa não é justo com o trabalhador.

Já o representante da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo, Weber Magalhães, destacou que o trabalho voluntário no evento esportivo ocorrerá dentro da legalidade e do compromisso de que a organização se responsabilizará pelo material, o transporte e alimentação dos ajudantes.

Os debatedores participaram de audiência pública da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público sobre o recrutamento de voluntários pela Fifa para atuar na Copa do Mundo de 2014. A reunião já foi encerrada.


Reportagem – Marise Lugullo/Rádio Câmara
Edição – Marcelo Oliveira


Fonte: Agência Câmara de Notícias