Segundo a CIETT – Confederação Internacional das Agências Privadas de Emprego (Trabalho Temporário e Terceirização de Recursos Humanos) existem no mundo 10 milhões de trabalhadores temporários. 28% deles estão nos Estados Unidos; 16% na Inglaterra; 14% no Japão e 8.6% no Brasil. A atividade é recomendada pela OIT, Organização Internacional do Trabalho - através da Convenção 181, e sua Recomendação 188, que já foi ratificada por 23 países. As estatísticas daqueles países, demonstram que a ratificação ajudou na formalização do emprego.
O segmento é tão importante para o mundo globalizado, que a UniGlobal Union, Federação Internacional de Trabalhadores, que atua em 140 países da Comunidade Européia, com mais de 900 sindicatos filiados, representando cerca de 20 milhões de trabalhadores, assinou memorando de entendimento com os membros da CIETT, no qual reconhece a contribuição das Agencias de Emprego Privadas(Trabalho Temporário) agregando valor ao mercado de trabalho. As duas Entidades farão gestões junto aos países que ainda não ratificaram a Conv. 181, visando sua ratificação.
Neste sentido, o tema em discussão na Comunidade Européia, é o conceito de FLEXICURITY: flexibilização no mercado de trabalho, mas com segurança no emprego e respeito pelos direitos e condições de trabalho do trabalhador. Este conceito foi usado pela primeira vez pelo primeiro ministro Dinamarquês, Pool Nyruo Rasmussem, sendo rapidamente adotado pela Comunidade Européia como parte central de uma estratégia integrada que assegure flexibilidade com segurança.
Como se vê, os nossos líderes sindicais, que trabalham contra a regulamentação da terceirização no Brasil, e não têm políticas de apoio aos desempregados, estão perdendo, novamente, o bonde da história.
A seguir, alguns depoimentos de líderes, e especialistas, mundiais do segmento, que estiveram em São Paulo.
“ O trabalho temporário é uma ferramenta importante para combater a informalidade e o desemprego, principalmente nas empresas que não encontram alternativas em tempos de dificuldade, a não ser a demissão em massa”. Horácio de Martini, presidente da CIETT
“As pesquisas comprovam que muitas pessoas preferem a experiência de trabalhos temporários antes de se fixarem em um emprego fixo.”
“O trabalho temporário ajudou muito os países baixos a minimizarem a crise internacional, principalmente através de um convênio que se chamou “Centro de Mobilidade” onde, através das empresas de trabalho, as pessoas eram colocadas em outras empresas antes de serem demitidas.” Donna Koeltz especialista no assunto junto a OIT – Organização Internacional do Trabalho.
“O trabalho irá onde estiver o trabalhador”
“Queremos cooperar, mas também competir”
“O trabalhador não quer mais ser controlado, ele quer ser dono do seu próprio destino. Será totalmente livre, quem tiver a capacidade de lidar com mudanças; quem não tiver se acomodará num trabalho fixo.”
“Até 2015, todos os serviços de gestão de pessoas estarão terceirizados” Carl Camdem, presidente da americana Kelly Services, uma das quatro maiores empresas de trabalho temporário do mundo.
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