FALTA DE MÃO-DE-OBRA QUALIFICADA, FORÇA EMPRESAS BRASILEIRAS A REPATRIAREM ESTUDANTES, E INVESTIREM EM UNIVERSIDADES DE TREINAMENTO

Um estudo do IPEA – Instituto de Pesquisa Aplicada -, divulgado recentemente, prevê que quatro setores, entre eles o de construção civil, terão dificuldades para preencher 320 mil vagas destinadas a profissionais com qualificação e experiência ainda em 2010.

A Vale já criou seu próprio programa de treinamento e de  Pós-graduação, principalmente para atender as áreas de mineração, ferrovia e portos, que não existem cursos específicos no Brasil. O que explica esta preocupação, é o investimento, nos próximos 5 anos, de cerca de  US$ 13 bilhões em novos projetos.

A AmBev treina cerca de 32 mil pessoas, o que supera a própria quantidade de funcionários, hoje de 24 mil, com investimento de R$. 16,3 milhões na sua Universidade Corporativa, prevendo chegar aos R$. 20 milhões neste ano, segundo informa o seu diretor de gestão de pessoas, Thiago Porto.

A empresa está constantemente recrutando estudantes brasileiros no exterior, para preencher suas vagas, principalmente, de trainees, como fez no ano passado nas melhores universidades dos EUA, onde recrutou cerca de 60 deles.

Com 7 mil funcionários no Brasil e 574 vagas abertas no mercado, a Accenture está recrutando brasileiros que estão fora do Brasil e dispostos a voltar.

A necessidade de profissionais prontos fez o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, buscar soldadores no Japão. Desde de dezembro a empresa tenta contratar 200 dekasseguis para atender a tempo as encomendas das Transpetro e da Petrobrás.  

 “Esta situação revela como a educação ficou em segundo plano”, afirma o professor Marcio Pochmann, presidente do IPEA, “mas também não dá para justificar o caminho adotado, pois o que estamos vendo aqui é algo que já existe em países desenvolvidos, com níveis educacionais altíssimos. O que está em curso é a atuação de grandes empresas, em diferentes países, e que precisam formar trabalhadores que possam atuar em locais dos mais variados. Como se trata de uma formação específica e necessária para a companhia é algo que ela vai fazer mesmo em países avançados. (...) Estamos num país de grande proporção. Frente a esse quadro de crescimento econômico, temos uma oferta de mão de obra qualificada que não está localizada onde o emprego está sendo gerado. Em algumas localidades vai sobrar trabalhadores e em ouras vai faltar”,  concluiu o professor.  (Fonte: Estadão, Economia - 03/04/2010)

A mais antiga, do grupo de atividades do nosso segmento, é exatamente o recrutamento e seleção, dai o nome de Agencias Privadas de Emprego,  adotado pela OIT, logo após o final da 2º grande guerra, e que se mantém até hoje. Portanto, temos expertise para aproveitar estas novas oportunidades que estão surgindo.

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